"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Diário de um amargurado

Eu sou o emprego que eu não consegui, sou o beijo que pensei em roubar e não tive coragem. Sou o primeiro Amor jogado ao vento que simplesmente era pouco e se acabou, sou todos os “não” que levei em troca das minhas tentativas de dar um fim na solidão. Eu sou a personificação da solidão.

A mensagem de bom dia que nunca foi mandada, eu sou a espera de dias melhores que nunca chega, as notas vermelhas do meu boletim, sou o vestibular que eu não passei porque não era inteligente o suficiente.

Sou o coração partido quando vi minha menina com o Ricardão da escola, quando vi o amor da minha vida com a minha melhor amiga, eu sou a angústia que brotou da descoberta de uma amizade falsa, eu sou a vergonha de sentir usado por alguém.

A saudade de quem nem lembra seu nome, a sensação de inferioridade quando alguém consegue algo que eu queria, eu sou a inveja da sua nova namorada, eu sou a vontade de estar no seu banco do passageiro.

Eu sou aquele que espia enquanto ele te pega em casa, sou o garçom que serve o vinho para a moça que devia ser minha e está com outro. Eu sou a música que você fez pra ela e não pra mim.

O pedido de volta negado, sou a aliança com o nome errado, sou o pai do filho que deveria... que eu gostaria que fosse ... meu e seu.

O azar de um espelho quebrado, a lei de Murphy quando se está atrasado, a carta que nunca chegou ao remetente, a briga com o irmão mais novo por causa do carrinho vermelho.

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