"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sobre loteria e o amor.




Fiquei parada olhando para a tela branca pensando no que escrever, sobre o que escrever. Sabe aqueles dias que você está cansado mas não consegue dormir? A cabeça pensa 3600 coisas por segundo e eu tenho certeza que se ela fosse uma CPU teria ido pra assistência técnica na semana passada. E o coração? Definitivamente teria pifado também. Posso até ouvir os "bip's" das máquinas do hospital. A cabeça começa a formular histórias e idéias que atormentam o aquele coração todo remendado. Antes fosse só uma cicatriz, tem cada reparo mal feito. Já tentei fita adesiva, cola Tenaz, linha e agulha, super-bonder.... A gente tenta de tudo no final das contas. Até hoje as gambiarras estão funcionando, vamos ver até quando ele aguenta.

O fato é que dá até vergonha de querer entregar uma coisa tão mal conservada como esse coração pra alguém. Deixa ele no cantinho dele, batendo, suspirando... As vezes tendo umas recaías. Sabe fábrica quando dá uma emergência e corre todo mundo pra sala de controle pra ver o que está acontecendo? Funciona mais ou menos assim quando eu te vejo. Tem vezes que eu acho que vai dar perda total. Fecho os olhos, finjo que não te escuto. Dizem que a manutenção preventiva é a nova alma do negócio. Vai saber!

Crescemos ouvindo que existe um tal produto chamado amor que é garantia de felicidade. Bobagem. É como jogar na loteria. A gente sabe que o prêmio existe, mas raramente alguém ganha, e quando o coitado ganha é caçado até o fim do mundo, roubado, molestado, torturado... No final das contas ele volta pro mesmo lugar da onde veio... Pra fila da Caixa Lotérica apostando e mais 6 números, esperando sentir toda aquela tal "felicidade" de novo. Coitado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sobre as saudades com gosto amargo.

Eu tenho saudades de acreditar cegamente no amor, de mergulhar em um sentimento sem medo de me machucar, sem medo de me iludir. Simplesmente amar. Escrever cartinhas de declarações que nunca serão entregues e planejar a minha vida ao lado de alguém que nunca vai saber que faz parte de algum sonho meu.

Tenho saudades até dos meus amores platônicos. Como eu me apaixonava fácil...

Atualmente meu coração tem um sensor anti-amor, anti-paixão, anti-tudo que não seja lógico, exato e racional. Definitivamente me tornei uma pessoa medrosa. A palavra "não" me faz estremecer, aquele olhar de indiferença me dá arrepios... mas daqueles arrepiost ruins, sabe? Que trazem o embrulho de estomago junto, sem contar aquela vontade de se trancar no banheiro e não sair até que aquela pessoa que te rejeitou esqueça que um dia você pisou nesse mundo.

Eu definitivamente tenho aversão a rejeição, e tenho mais medo dela do que tenho vontade de amar e deixar ser amada. Eu sou uma medrosa, sou mesmo. Já encontrei muitas portas fechadas na vida para ser tola o suficiente de acreditar que essa, justamente essa, estará aberta. Alguém me deu uma chave sem fechadura e está se divertindo enquanto eu tento montar um quebra-cabeça que não forma desenho algum...

Eu sou assim... preto no branco. Não tenho meio, não tenho talvez, não tenho cinza. Ou estou no começo, ou parto pro final.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Segredos de ventilador

Oi? Você! Para aí! Espera... Eu realmente preciso te contar como é difícil colocar tudo que eu estou pensando em palavras. Isso não costuma acontecer, sério. Sempre que eu escrevi algo sobre outro eu não tive medo, pois simplesmente já não tinha mais nada a perder. Mas você é diferente, eu quero que tudo fique quase tão perfeito assim como eu enxergo em você. Eu quero que transmita confiança, seja inteligente e intenso ... Eu quero que cative, eu quero que cada palavra seja você.

Mas eu simplesmente não consigo, qualquer coisa que eu escreva não ficará bom o suficiente. E eu não quero escrever a minha especialidade: drama. Eu quero escrever aquela comédia romântica que todo mundo sabe o que vai acontecer no final, mas mesmo assim assiste por que, sei lá, dá esperanças de que um dia o protagonista seja o seu melhor amigo ou o cara que você mais odeia e que ele te faça a mulher mais sortuda do mundo.

E partindo do princípio “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” a culpa é totalmente sua se às vezes eu me pegar sorrindo sozinha e, aparentemente, sem motivo algum.

Pra finalizar com um pouco de drama, caso contrário não seria eu, eu prefiro viver na dúvida do que ter uma certeza e afastar tudo que eu tenho de você em mim.

domingo, 2 de outubro de 2011

Sobre a verdadeiras provas da minha vida

Quando eu fazia cursinho um professor disse que o vestibular seria apenas a primeira prova difícil da minha vida. Naquela época com toda a minha imaturidade eu só podia pensar "nada deve ser pior que o vestibular".

Não só existem provas piores como elas não têm aonde colocar o X e muito menos um gabarito. Nem as provas do curso de inglês, nem as provas da faculdade são piores aquelas que nos pegam de surpresam e nos testam dia após dia.

As vezes uma resposta errada podem causar problemas por meses, coisas de segundos podem decidir sua vida em anos. As vezes não temos nem os 3 minutos por questão de vestibular pra pensar, é pra ontem.

Você não vai pegar uma DP ou repetir o semestre por ir mal nesse tipo de prova. Você vai simplesmente arcar com as consequências e desejar que ela não seja muito grande ou muito longa. Você não vai receber parabéns se tirar nota 10. Simplesmente vai ter que continuar respondendo suas questões da melhor forma que puder. Mas não se iluda, se você tirar um zero todo mundo vai reparar, comentar, cobrar.

Que venham as provas de cálculo, física, orgânica. Isso tudo é fácil perto de tantas provas que a gente tem que passar diariamente e tirar 10 pra continuar tentando ser feliz.

Li no facebook de um amigo outro dia e achei genial: ‎"Se existe algo que o Tetris me ensinou é que: meus erros de acumulam em pilhas e meus acertos simplesmente desaparecem!"

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Por onde raios você andou?

Ele: Desculpa! Eu sei que estou um pouco atrasado, mas eu realmente espero que ainda dê tempo de dizer que eu andei errado. Eu entendo, eu juro que entendo. As suas queixas são justificáveis. Eu sei que você sentiu minha falta essa semana. Não sei como eu não percebi, são coisas que pareceriam óbvias até para uma criança.

Ela: Mas por onde raios você andou enquanto eu te procurava? Já não sei mais se você é mesmo tudo aquilo que me faltava.... Amor, se é que eu posso te chamar de amor, eu sinto a sua falta. Só que a falta é a morte da esperança.

Ele: Lembra o dia que roubaram o seu carro? Deixou uma lembrança ...

Ela: É... a vida é mesmo coisa muito frágil.

Ele: Uma bobagem.

Ela: Uma irrelevância

Ele: Uma irrelevância diante do amor de quem se ama.

Ela: Mas por onde você andou enquanto eu te procurava?

Ele: E o que eu te dei?

Ela: Foi muito pouco... Quase nada.

Ele: Eu sei que no final eu apenas deixei algumas roupas penduradas.

Ela: Como eu disse, não sei mais se você é mesmo tudo aquilo que me faltava.


- Outra perspectiva de Nando Reis.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Vai fazer diferença daqui 5 anos?"

É com a frase do título desse post que a minha irmã sempre me convence que não vale esquentar a cabeça por qualquer coisa. E hoje, nesse friozinho da madrugada, pensando na vida... E de fato se eu olhar pra minha vida a 5 anos atrás, apenas pessoas importantes continuam nela. Talvez não com tanta intensidade, talvez não na mesma frequência, mas continuam. Digo o mesmo para fatos importantes.

Há cinco anos atrás eu estava na época do vestibular, e eu lembro que deixei de fazer muita coisa que na época era "importante" para me dedicar aos estudos e tentar entrar em uma boa faculdade. E quer saber? 5 anos depois eu aprovo todas as minhas escolhas, e falaria todos os "não" que eu disse naquela época de novo. Por que eu cheguei onde eu queria, valeu a pena!

Não tem sensação mais gostosa do que passar aquela turbulência de incertezas da vida. Eu já finalizei, comecei e estou no meio de tantos outros projetos... E pensar que minha maior preocupação há 5 anos era o vestibular. Se a gente pudesse voltar no passado e dizer para nós mesmos que no final vai dar tudo certo, para seguirmos em frente por que estamos no caminho certo... Talvez não tivéssemos tantos medos e frios na barriga, mas sensação de vitória também não existiria...

domingo, 10 de julho de 2011

Da série: "Minha vida é uma piada".




Sexta-feira fui até à minha faculdade para fazer rematrícula (assinar meu atestado de sadomasoquista pela oitava vez) e aproveitei a viagem para resolver algumas coisinhas.
Fui até minha república - um apartamento perto da faculdade - para pegar um livro que tinha que devolver, aproveitar para pegar um cobertor para lavar e umas tranqueiras que senti falta nas férias.
Subi o elevador conversando com a minha amiga, cheguei no meu andar, peguei as chaves, coloquei na fechadura e...

- Bá, não consigo abrir a porta.
- Como assim?
- Ela não entra até o final, tá vendo?
- Nossa, é verdade...! E agora?
- Que estranho, semana passada eu passei aqui com a minha mãe e estava tudo normal...

Cutuca a fechadura aqui, aperta mais um pouquinho a chave ali, tira, coloca de novo, tenta rodar e nada...

- Bá, tenta você. Não é possível...

Cutuca, vira, empurra, tira, põe, aperta...

- Não é possível que aqueles maninhos conseguem abrir a porta com um grampo e a gente não consegue abrir com uma chave!
- Nem fala, já não basta não saber dirigir...!
- Fale por você, Tati!
- Eu sei! Pelo menos eu tenho uma desculpa, sou loira. Mew, vou derrubar essa porta daqui a pouco! Que saco!

Cutuca, gira, aperta...

- Desisto, vou ligar na portaria e pedir pra alguém vir me ajudar.

...

- Oi, tudo bom? É a Tatiane aqui do 17 D. Eu não consigo abrir a porta do meu apartamento.
- Você está dentro ou fora do apartamento?
- Fora.
- Ok. Vou mandar o zelador aí.

Gira, aperta, tira, põe...

- É bá, poderia ser pior, a gente podia estar dentro o apartamento.
- Não há nada que esteja ruim que não possa piorar.

Eis que chega o Zelador.

- Qual é o problema?
- A chave não está entrando até o final...

Cutuca, gira, aperta, tira, põe, analisa, cutuca, tira ...

- Acho que vocês vão ter que chamar um chaveiro.
- Sério? Mas...

Então zelador olha para o meu chaveiro, analisa, pega outra chave e coloca na fechadura. Essa entrou até o final...

- Você estava colocando a chave errada ...




segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dia amargo



“Eu estarei sempre lá quando você precisar.”

“Conte sempre comigo.”

Essas são as piores promessas/mentiras que alguém pode dizer. Na verdade, quando você realmente precisar elas não estarão lá. Talvez por que estão muito longe, talvez por que já têm alguém pra cuidar ou quem sabe por que estão em dia tão ruim quanto o seu e aí prevalece a lei da sobrevivência.

O fato é que ninguém pode respirar por você, nem por um segundo se quer. Nessa vida é você e Deus. Ele está sempre lá, mas não pode resolver os problemas que você criou sozinho. Talvez nem você possa, mas somente você, e mais ninguém, pode tentar.

O trágico, ou apenas o triste dessa história toda é que o mundo vive nos enganando, vive dizendo que não somos nada sozinhos, que sempre podemos contar com pai, mãe, cachorro, irmão, irmã, papagaio, amigos... E na hora do “vamos ver” é você, você, e somente você! E claro que não estamos preparados para isso, não esperamos estarmos sós pra resolver qualquer coisa, por que... ”Poxa, ele disse que estaria aqui quando eu precisasse”. Mas ele não está. Ninguém está. Então temos que engolir o choro, encarar o mundo com o que tivermos nas mãos e seguir em frente.

Por analogia é como se estivéssemos caindo de um precipício, e tentando se agarrar em qualquer ramo de árvore para parar a queda... Fazemos alguns cortes nas mãos, alguns arranhões nas pernas, mas não podemos desistir, temos que continuar tentando segurar em alguma coisa. O super homem não vai aparecer voando pra te salvar. Então, a não ser que você aprenda a voar, continue procurando um apoio material e sólido de preferência.

E não se agarre a sentimentos, emoções, paixões... Por que todas elas vão embora um dia. Vão por desgaste, por ausência sem culpa, por substituições... Por qualquer motivo que seja elas simplesmente vão. E não vão fazer pezinho pra você escalar o que quer seja.

A coisas mais sensata que eu já ouvi foi "Nunca espere nada de ninguém.". E quer saber, isso inclui a pessoa que me disse isso.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Contos - Você de novo

Oi, você de novo?! Eu estou bem, obrigada por perguntar. E você? Se está aqui algum motivo deve ter. Ah! Só saudades. Quer entrar em casa, sentar no sofá, conversar como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivesse me magoado e depois ir embora e me deixar plantada na porta na esperança de que você sinta saudades novamente. Não é bem assim? Sei... Parece que você espera eu cansar de te esperar, e quando já estou na iminência do seu exílio você reaparece, exatamente assim... Como quem não quer nada, só está com “saudade”.

Será que você sabe mesmo o que é saudade? Saudade é tentar abafar o choro com o travesseiro antes de dormir, querendo apenas ouvir a voz daquela pessoa. Sendo um pouco menos dramática é tentar fazer o coração bater num ritmo mais lento e menos triste quando você escuta uma música romântica e quer pegar o telefone desesperadamente e discar aquela combinação de oito números que nunca mais vai sair da sua cabeça. Como eu sei? Não, não que eu tenha passado por isso muitas vezes, e muito menos por você! Não seja tão prepotente. Eu escuto as pessoas falando e tomo notas. Sou muito observadora. Desde quando? Boa pergunta... Quem sabe se você não fosse um turista na minha vida você saberia.

Não, não é drama. É só um desabafo. Você vai e vem na hora que bem entende, não bate na porta, e mesmo que ela estivesse trancada você tem a chaves. Não tive coragem de trocar a fechadura. Mas eu vou! Fique sabendo que eu vou fazer isso amanhã! E vou botar na rua aquele saco preto com todas as suas coisas, lembranças, cheiros, afagos, beijos e promessas. Por que ainda não joguei fora? Ah... é que... comprei um armário novo e estou redecorando, reorganizando. Juro!

Olha, pára... Chega dessa conversa. Não sei por que deixar nas entrelinhas o que eu e você já sabemos. Pelo menos eu suponho que você saiba. As portas sempre estarão abertas pra você, mas, por favor, não volte. Eu não consigo bater a porta na sua cara, eu não consigo deixar de oferecer um café com bolos e tortas e tudo que estiver na minha geladeira. Eu não consigo... Você sabe que não. Então se for só saudades de uma boa conversa, sentado no tapete da minha sala frente à lareira, peço que procure outro lugar para passar suas tardes frias. Por mim, por tudo que um dia foi “nós”. Foi tudo lindo, com alguns problemas aqui e ali que nós não conseguimos resolver, mas se você realmente esqueceu tudo... Me deixa fingir que esqueci também. Mas me deixa fazer isso longe de você. Por que só saber que você ainda se importa com pelo menos um fio de cabelo meu, eu já tenho esperanças de que você... de que você ... Enfim. Obrigada pela visita.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Observe

"Aos poucos ela foi se desapegando daquela vontade louca de gritar pro mundo inteiro o que ela pensava. Começou a perceber que não adianta gritar, sua voz não vai chegar a todos os lugares que ela quer e uma hora ou outra ela ficaria rouca tentando."

As pessoas falam de mais e fazem de menos. Quantas promessas vazias você já não escutou? Quantas palavras já não foram usadas pra simplesmente ganhar tempo? Quantas cobranças já não foram feitas sobre você vindo de pessoas que não tinham a menor "graduação" para fazê-las. Quero dizer, você não pode cobrar uma coisa de alguém que você não seja capaz de capaz de fazer.

Então, meu conselho é sentar na janela da sua casa com um senhor balde de pipocas, e entre uma balada e outra, entre uma responsabilidade e outra, parar para assistir esse hilário e dramático filme da vida. As coisas realmente não acontecem por acaso... assim como elas não deixam de acontecer somente para te contrariar.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Guerra civil - Sentimentos vs razão




Alguma coisa está errada quando você começa a pregar peças contra seus próprios pensamentos. é como uma guerra civil entre os seus sentimentos e a sua razão. Não importa quem vença, muitos destroços ficaram no meio do caminho e de alguma forma o país, ou seja você, sofrerá perdas.

Com o passar do tempo a razão vai evoluindo e adquirindo novas armas, talvez possamos culpar a evolução da inteligência, aliada incondicional da razão.

Por mais que os sentimentos tenham ferramentas precárias e praticamente pré-históricas, e mesmo que eles mal sejam alimentados, eles possuem alguma coisa surreal que os mantém fortes e totalmente páreos para essa tenebrosa disputa...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Before Sunset



Me identifico demais com esse filme, e não saberia escrever nada parecido pra expressar isso. Então lá vai um ctrl+C ctrl+V.

Cena do barco

“Sinto que sou anormal e não consigo seguir em frente.
As pessoas têm um caso, ou até relacionamentos. Terminam e esquecem tudo. Muda como trocam de marca de cereal.
Sinto que não esqueço as pessoas com as quais estive… porque cada um tem qualidades específicas. Não dá para substituir ninguém. O que foi perdido está perdido.
Cada relacionamento que termina me magoa. Nunca me recupero. Por isso, tenho cuidado quando me envolvo com alguém, porque dói demais.
Eu evito até transar porque vou sentir saudades de coisas mundanas daquela pessoa.
(…)
Não se pode substituir ninguém porque todo mundo é a soma de pequenos e belos detalhes.”

Cena do carro

“Agora, não acredito no amor. Não sinto mais nada pelas pessoas. É como se aquela noite tivesse dado tudo a você e você partiu. Senti que fiquei fria, como se o amor não existisse para mim. Sabe o quê? Para mim, realidade e amor são contraditórios.
É estranho, todos os meus ex-namorados estão casados.
(…)
Os homens saem comigo, terminamos, e eles se casam. Por que não me pediram? Eu teria recusado. Mas poderiam me pedir!
Sei que a culpa é minha. Nunca senti que era o homem certo.
O que significa isso? O amor de uma vida? O conceito é absurdo. Só nos completamos com outra pessoa. É sinistro!
Sofri demais e me recuperei. Agora, não faço força alguma. Sei que não vai dar em nada.
Parece que não ligo, mas estou morrendo por dentro.
Estou amortecida. Não sinto dor nem excitação. Não estou amargurada…”

terça-feira, 10 de maio de 2011

Contos - A marionete

Um dia uma marionete, cansada de tanto pensar com seus botões se volta para o seu Titereiro e começa a falar, para o espanto do mesmo.

"Senta aí, seu moço. Agora quem vai falar sou eu. Não dá mais, não consigo mais viver assim. Não entendo o porque das coisas, não seu se estou fazendo o certo o que esperam que eu faça para o show continuar. E eu juro que quero fazer o certo, não quero acabar na barriga de um baleia tal qual Pinocchio. Mas eu simplesmente não sei. Me dá uma dica, me dá num sinal. Se a minha vida pudesse ser comparada à um jogo de caça-palavras eu pediria para poder ver as respostas por cinco segundo, só pra saber pra que lado desse mar de palavras eu tenho que nadar. E se eu ficar nadando na direção errada eternamente? E se eu nunca formar uma palavrinha se quer?"

"E sinceramente eu estou cansada de me apresentar pra mais de mil pessoas e mal poder encontrar um sorriso verdadeiro. É como se eu batesse em mil lindas portas fechadas, sendo que as poucas,algumas das mais belas, que se abrem dão em quartos vazios. Frustração!"

"Me ensina, seu moço. Me ensina saber escolher, não esperar tantos sorrisos de bonecos que foram feitos para tristeza. Me ensina a ser indiferente à maldade, a ser inerte a tudo que não acrescenta em nada na vida e saber seguir em frente cada vez que meu coração - por mais que seja de madeira - for partido.Me ensina a esquecer de verdade, e não apenas fingir. E acima de tudo eu lhe peço, eu imploro... Se for pra existir alguma ilusão, que seja a de que vai dar tudo certo."

Depois de tanto falar, o Titereiro apenas sorriu e abraçou marionete. Esta ainda esperando respostas apenas foi colocada de volta na estante ouvindo apenas: "Se acalme, mocinha. Amanhã é um novo dia e o show tem que continuar."

(*) Sem tempo de revisar o post, desculpem pelos prováveis erros de digitação/português ;)

domingo, 8 de maio de 2011

Minha camiseta do Green Day




Hoje abri minha gaveta para pegar uma blusinha e lá estava ela, a boa e velha camiseta do Green Day. Há uns seis anos atrás ela seria minha primeira escolha, mas hoje ela simplesmente está lá, um artigo do meu pequeno museu de boas lembranças e velhos habitos que não morrem... mas que deixam de ser prioridade na sua vida.

Eu mudei, mudei mesmo... Essa semana mesmo um amigo de velhos tempos veio me falar que nem sabia que eu gostava de futebol internacional, é por que eu não gostava mesmo, na verdade não era um relação de ódio com os nosso amigos de sangue azul da Europa... era só uma indiferença. Hoje eu não entendo como é que meu dia não parava por causa de um clássio "Real Madrid vcs. Barcelona". Mas, devido aos resultados da Liga dos Campeões eu não quero me estender no assunto.

O fato é que estamos em constante mudança, o que não nos faz perder a "base" de tudo, mas nos faz perceber que tem muita coisa boa nesse mundo, é só a gente se deixar levar um pouquinho para desfrutar do lado bom de cada coisa nessa vida.

Quanto aquilo que não é bom... Simplesmente não é.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Copo de leite



Uma pecinha do quebra-cabeça, só mais aquela para alguma coisa lá dentro da sua massa cinzenta gritar “EURECA! “ e você perceber o quanto é estúpido (ou no mínimo ingênuo) por não ter percebido antes. Talvez você até desconfiasse, mas agora é certeza.

E o que a gente faz quando derrama leite no chão? Pega um pano e limpa. Simples assim. O problema é que quando se trata de sentimentos (sejam eles bons ou ruins) a idéia simples de pegar o pano para limpar a sujeira demora, por que fica perdida no meio de pensamentos e indagações que, no final das contas, não vão te levar a lugar nenhum.

A gente pensa, pensa e pensa de novo, pra no final entender que não temos que entender nada, que as coisas são assim por que tem que ser e se um dia for pra entender você vai entender. Não agora, não hoje, não amanhã... Um dia.

Não adianta querer colocar o leite de volta no copo, colar com super bonder o vaso de porcelana raríssimo... Por mais que dê certo, nunca mais vai ser o mesmo vaso. O que passou, passou e a gente não pode viver de passado. Confesso que é engraçado olhar pra trás e perceber que se você tivesse saído com os seus amigos naquele dia, e exatamente naquele dia, algo de diferente não teria acontecido e hoje estaria tudo nos conformes. Mas não, você tinha que estudar, o que algumas pessoas consideram atraso de vida social, mas para você era a coisa certa a se fazer.

A vida é uma caixinha de surpresas, e infelizmente não podemos fugir de nenhuma delas. Só nos adaptar e levá-la da melhor forma possível (que é aquela que você acha a melhor, não aquela que as pessoas palpitam que seja a melhor).

terça-feira, 12 de abril de 2011

Meu hobbie? Fofoca, Lógico!



Com tanta tecnologia por ai, ainda existem aquelas pessoas conservadoras, adeptas dos modos de distração da idade média: a fofoca.

Como antigamente as pessoas não tinha televisão, vídeo-game, internet e toda fonte recreação disponível atualmente, elas aderiam a “boa” e velha fofoca. Por que antes cuida da sua vida era muito fácil. No tempo que sobrava entre trabalhar, comer e dormir as pessoas gostavam de cuidar da vida dos outos também. Oras! Por que não?

E talvez seja coisa de genética ou simplesmente tédio com o próprio nariz, mas ainda existem pessoas que a acham que têm tempo de sobra para dar uma palpitada na vida alheia.

Existem tipos de fofocas. Têm aquelas pessoas que só se atentam aos fatos e “transmitem informações”, essas pessoas são raras, pois poucos são aqueles que sabem reproduzir uma frase sem mudar uma vírgula de lugar. Acho que as pessoa fica com inveja de que outro alguém conseguiu bolar uma frase e aí este ser resolve pelo menos mudar uma vírgula de lugar para dizer que fez alguma coisa na vida. Seguindo essa linha de raciocínio, temos aquelas pessoas que gostam de “incrementar”, vai que fofoca é meio sem graça e os amigos do bar não vão achar muita graça? Nada como ser criativo e inventar alguma coisinha ali no meio. Se uma pessoa comeu uma maçã de manhã, de noite a história já é que a pessoa é sadomasoquista e gosta de ficar com uma maça na boca na cama, igual um porquinho de Ação de Graças. Não duvidem! Tem pessoas que acham suas vidas tão sem graça que precisam colocar pimenta na vida de alguém para serem felizes.

Também temos aqueles fofoqueiros atores. Esses são bons. Eles têm o dom de distorcer tudo que você disse apenas mudando a entonação da frase. Fabuloso! Geralmente eles utilizam dessa artimanha parta ver o circo pegar fogo pro lado de alguém.

E se vocês acham que as mulheres são as melhores nesse hobbie, e por que não esporte, é por que nunca prestaram atenção em como os homens são disparadamente melhores nisso.

Senhoras e senhores, o X-BOX não é tecnologia suficiente para preencher o tempo de ninguém. A fofoca estará sempre em primeiro lugar na vida daqueles que tem as vidas tão perfeitas e não tem mais o que fazer.

Falar um pouquinho da vida alheia todo mundo fala, mas fazer disso um hobbie é só para quem suou muito a camisa e treina todo dia. Parabéns, um dia eu chego nesse nível! Por enquanto, eu fico na categoria de iniciantes apenas cuidando da vida dos personagens dos livros e seriados.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O vício da lógica

Minha mente anda tão engenheira que acho que não consigo mais escrever nada que não seja em tópicos e frases matemáticas, mas lá vai.

Ela não é diferente de qualquer outra pessoa paulistana. Tem alguma variáveis, claro, se elas não existissem todas a vidas seriam exatamente iguais, acabamos caindo naquela velha história de Livre Arbítrio e que o homem é um animal racional que opta pelo sim e pelo não, pelo certo e pelo errado.

O fato é que ela, por N motivos, tenta encontrar uma lógica para tudo, um por que, uma causa para a circunstância. E nesse mundo totalmente racional, onde ficam os sentimentos?

Desde pequena disseram que o amor, a saudade, o carinho são coisas do coração. Que grande bobagem! Ela já viu um coração, não tem nada mais que tecidos, sangue e aquele monte de coisas categoricamente nomeadas pela medicina. No fundo são células, e ponto. Tudo matéria. Não tem sentimento nenhum lá dentro.

Que dirá a inteligência estar no cérebro. Puta mentira. Ante estivesse, ela abriria e tentaria colocar alguma coisa lá. A única coisa que ela sabe é que o cérebro é responsável por avisar que ela está com dor em algum lugar. Principalmente nas costas, ultimamente.

Tentar achar uma lógica pra tudo cansa, mas simplesmente deixar as coisas existindo sem saber o por que é sufocante.

Que dirá a saudade! Onde raios se enfia a saudade? Só se for lá, né? Que sentimento mais "sem o que fazer". Ela não pode ir de bicicleta pro nordeste abraçar ninguém, e pedir colo. Ela também não pode se teletransportar pra casa quando bate aquela saudades da mãe.

Por que raios sentimos falta de coisas que não podemos suprir? Por que a ansiedade e curiosidade não dão as mãos e vão catar coquinhos?

Duas vezes dois sempre serão quatro, mas o que ou quem era indiferentes ontem hoje não são mais. Assim como pessoas que eram importantes e insubstituíveis, hoje têm seus lugares ocupados por coisas como "que cor eu pinto a minha unha".

Cadê a lógica?


quarta-feira, 16 de março de 2011

Cicatrizes



A gente nunca esquece. Na verdade nossas lembranças ruins, mágoas, funcionam como machucados. Se a ferida ainda está aberta, dói lembrar. Com o tempo temos o péssimo hábito de cutucar as casquinhas passa, só por que deu saudades de sentir alguma coisa, mesmo que seja aquela dorzinha. A minha vó costuma dizer que “mente vazia é oficina do Diabo”. Ela está certa, sempre que não temos nada de útil para fazer pensamos em coisas que não deveríamos. Em pessoas que não merecem o Tico, o Teco ou sequer um neurônio sem nome transmitindo algo sobre ela. Sabe quando estamos deitados no sofá e cansamos de ver televisão, então a desligamos, olhamos pro teto e começamos a filosofar? Então, isso é cutucar casquinhas.

Porém, quando determinadas situações ou recordações não nos causam mais nada, quer dizer que aquela ferida que não curava por nada no mundo virou uma cicatriz. Ela ainda existe, está ali feito tatuagem pra você lembrar pro resto da sua vida que algo ou alguém te fez mal. Ela existe justamente para você saber que caminhos não deve mais tomar, não persistir no erro. Ela não sangra mais, não dói. No máximo você torce o nariz quando olha ou lembra dessa cicatriz.

E são essas cicatrizes que nos direcionam, nos moldam, a ser quem somos hoje, a optar pelo sim ou pelo não, a escolher o velho e bom “With or without you”.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Meias verdades

Não venha me contar mentiras. Já não bastam os falsos sorrisos, interesses em matérias e conhecimentos emprestados de meios amigos. Também não quero um meio amor. Sinceramente nem sei se quero um inteiro. Você diz que pensa em mim quando sai do trabalho no frio da madrugada... Diz que trabalhou até cedo, para não dizer tarde. Me manda mensagens no celular, diz que precisa me ver, que está com saudades. Eu conheço seu tipo, conheço suas meias mentiras. Aliás, só conheço suas metades... Você nunca se entregou por inteiro como eu já me entreguei. De mim? Nem mais um décimo. Você é daquele tipo mesquinho que diz que está com saudades de uma enquanto espera a outra sair do banheiro e está mudando o status para namorando no Orkut com uma terceira. E não venha me dizer que eu estou rotulando, que estou sendo injusta. Quer saber... Estou mesmo. Justiça não funciona com muita coisa por aqui mesmo.

Não, não quero mais saber de amores a primeira, segunda nem terceira vista. Assim como estou passando pra frente meios amigos, meias atenções, meias considerações, meias saudades. E ultimamente nem quero pagar pra ver se é alguma coisa inteira. Sinceramente acho que essa tal de sinceridade nem existe. Deve ser tudo conto da carochinha. Já acreditei no pra sempre uma vez, e tudo que ganhei foi um “nunca mais”. Não vou mais me dar - e nem te dar - á esse luxo.

Nem você, nem ninguém, até que alguém muito sábio e paciente consiga me provar o contrário. Não venha me falar de romance, que você é diferente. No fundo você, ele e todos os outros são todos iguais.

Então quer saber?
“Me cansei de lero-lero, dá licença mas eu vou sair do sério ... Quero mais SAÚDE (...)”

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Sobre interpretações e decepções

Eu queria simplesmente colocar em palavras esse sentimento que me sufoca. Ele me deixa com raiva e triste ao mesmo tempo. Não sei nomeá-lo, não sei quantificá-lo. Só sei que não me faz bem.

Queria transbordar em palavras todas minhas interpretações erradas sobre você, todos os versos que eu pensei, escrevi e que você escreveu também. Será que eu li tudo tão errado?

E eu não posso nem colocar a culpa em alguém pra me sentir melhor, a culpa é totalmente minha por interpretar, idealizar...Sonhar.

Não tenho culpa se "suas palavras não correspondem aos fatos", e nem você tem. Alguém aqui assinou algum contrato?

Toda noite é sempre igual, fantasiando verdades das minhas mentiras. Fantasiando mentiras das suas verdades.. Tão óbvias, tão certas...Por que eu não enxergo?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sempre acaba...

Chega. Não dá mais. Eu tentei, nós tentamos. Mas já chegou a um ponto que não tem mais pra onde fugir a não ser admitir que é o fim. Eu sei que no começo você era meu melhor amigo, a gente se falava todo dia e mesmo assim não era suficiente. No começo cada novidade era uma descoberta incrível, cada música nova, cada pessoa nova. Mas com o tempo nós dois acabamos nos desinteressando pelas novidades um do outro. E eu não posso dizer que não sei como isso aconteceu. Eu sei. Nós amadurecemos, tomamos rumos diferentes na vida, talvez nem tanto, mas que nos consomem tempo de formas distintas. Pessoas novas foram aparecendo nas nossas vidas e dia após dias foram preenchendo um espaço que antes era só seu... Vários espaços. Sempre que você ou eu não tínhamos tempo, outras pessoas nos deram colo, atenção. E com o tempo, simplesmente, um não sente mais falta do outro. Não há mais aquela “primeira opção”, aquela vontade de contar que o cachorro da vizinha foi pintado de rosa, que aquela menina insuportável tomou aquele tombo fenomenal no meio da rua. Essas besteirinhas que tornavam a amizade tão essencial e tão necessária foram distribuídas para outras pessoas. Isso não quer dizer que eu não pense mais em você, e nem você em mim. Isso quer dizer que tudo que restou foi uma consideração, um carinho enorme que é despertado quando nós nos encontramos ao acaso, ou quando dá tempo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre janelas e despedidas

Ela colocou a ultima camiseta na mala lotada e colorida pela mistura de estampas floridas com cores alegres e vivas. Com alguma dificuldade fechou o ziper da mala e sentou-se na cama fitando o guarda-roupas quase vazio. Olhou ao seu redor e sentiu um amontoado de sentimentos guardados em cata centímetro quadrado daquele cômodo. Anos e anos de abraços, lágrimas, segredos, confições e promessas guardados naquelas quatro paredes.

Na cômoda haviam vários presentes de amigos, distantes ou não, mas todos especiais á sua maneira, cada um essencial e importante de um jeito só dele. Sentia não poder levar todas suas lembranças materiais na mala já lotada de saudades, mas estava levando no bolso cada carinho e momentos que seleram a verdadeira amizade.

Tomou fôlego e suspirou, estava tão cansada quanto alguém que tinha acabado de correr uma maratona. Pensar e sentir também cansa. Levantou e olhou pela janela... Aquela janela. Estremeceu antes de andaar até ela, que por sua vez estava apenas com uma frestinha entreaberta, o que permitia a entrada do vento e o sacudir das cortinas.

Mais uma vez a janela lhe chamava, mas agora ela estava mais confiante. Era um chamado diferente dos outros, o aroma das flores não era mais o mesmo. Era misterioso e desafiador.

Ela deixou a insegurança de lado e andou até ela, empurrou as cortinas e a abriu a janela sem pensar duas vezes. Não havia mais medo, havia desejo de descobrir o que havia além daquele cenário, como seriam os campos além do horizonte. Aquele cheiro que tinha um tom desafiador de fato não era dali, vinha de longe e a envolvia, seduzia e embalava, convidando-a a conhecer suas flores e frutos.

Fechou os olhos por alguns segundos para sentir o Sol tocar sua pele. Era acolhedor, mas já não a satisfazia mais.

Deixou a tão conhecida janela aberta, pegou a passagem para João Pessoa, as malas o sorriso e, com coragem, deixou o quarto rumo aos novos desafios de abrir janelas e cortinas, mas com aquele aperto da saudade daqueles que ela carrega sempre na mente, no coração e junto de si.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nosso Lar - Minhas impressões

Nessas férias resolvi que ia ler esse livro. Confesso que minha mãe me deu o livro faz um tempo, um ano na verdade, mas esse mês me senti pronta pra ler. Apesar da leitura ser fácil, ou seja, o texto não é chato e detalhista como em Iracema, os diálogos possuem algumas características de época (meados de 1940). Enfim, o que quero dizer é que a leitura é bem simplificada, não tem aquele monte de palavrsa estranhas para o autor mostrar que sabe escrever.

No entanto, por mais simples que seja entender a mensagem, a mensagem em si não é nada simples. O livro não quer convencer você que o Sol é quadrado ou coisa do tipo mas, por mais que você já tenha uma noção do Espiritismo, tem horas que a história te pega de um jeito que você tem que fechar o livro, colocar ele em um canto e refletir sobre o que você acabou de ler e como aquilo se encaixa na sua vida.

Essa leitura me fez pensar no que estou fazendo com a minha vida, com o meu tempo e o que eu poderia fazer de diferente para melhorar, para ajudar as outras pessoas. Me fez enxergar que a vida após a morte não é uma cadeira e uma água de coco no paraíso trocando uma idéia com os anjos. Muito pelo contrário, se eu acho que aqui eu tenho deveres e tarefas demais, lá eu terei o dobro.

Mas não devemos enxergar esse trabalho todo como uma coisa penosa e cansativa, mas sim como algo que nos faz evoluir, nos faz pessoas melhores. Tem certas coisas que não se aprendem nos livros, nem na televisão, ficando com pena disso ou medo daquilo. Precisamos fazer acontecer.

Além desses conceitos, também refleti muito sobre o perdão e sobre o relacionamento com as pessoas que conhecemos em Terra no mundo espiritual, no amor e na fraternidade. A amizade pode ser mais bonita ainda do que nós podemos imaginar. Ter amigos, amar o próximo é mais do que regras de uma sociedade, é uma necessidade espiritual.

Aprendi também que cada atitude, por mínima que seja (ou aparente ser) tem conseqüências. Estas podem ser boas ou ruins, tudo depende do que a desencadeou. E que nossos conceitos de certo e errada talvez não estejam tão certos assim. Precisamos entender e saber usufruir da dádiva que é viver.

(E mesmo com tanta instrução espiritual, você tem que controlar os ânimos e todo o ódio que pode ser gerado quando uma criatura não-evoluída desliga o telefone na sua cara =])

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

...

Aqui jaz um post.
Passar bem.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Diálogos

A: Não estou afim dele. Ele me acalma, me faz rir e é uma pessoa que o assunto rende. Só isso.
B: Não entendo. Sempre sou afim de pessoas assim.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Quando ele voltou...

Você tocou a campainha às três da madrugada e eu, sem saber que era você, só pensava quem poderia ser o cretino, bêbado e sem família que estava me acordando. Empurrei as cortinas com toda má vontade e mau humor que Deus me deu, abri a janela e olhei meio sonolenta para baixo. Confesso que reconheci de cara quem era, como poderia não reconhecer a pessoa com quem sonhava dia sim, dia não? Achando que ainda estava com a visão embaçada pisquei e esfreguei olhos, era mesmo você! Tentei sair da janela rápido para que não me visse e assim poderia fingir que não tinha ninguém casa, mas você me viu e acenou com um olhar que misturava alegria e culpa. Fui correndo para o banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto. O cabelo ficou daquele jeito mesmo: meio amassado, meio liso. Coloquei o roupão, minhas pantufas do pluto, peguei as chaves de desci as escadas. Abri a porta e lá estava você. Parecia um déjà vu, você ali de all star preto, calças jeans, camisa social azul clara e um blazer preto jogado por cima. Dá última vez que o vi assim eu só consegui pensar "é tudo meu, mesmo?". Mas hoje, depois de tantas lágrimas de saudades minha e de uns quilinhos, seus eu definitivamente não sabia o que pensar. Não consegui evitar o impulso de te abraçar, faziam tantos anos... Você me abraçou apertado de volta e depois de alguns minutos pediu desculpas no meu ouvido, por eu esperar tanto tempo parar ele perceber coisas tão simples sobre a vida, sobre ele, sobre mim e sobre nós. Eu não respondi e por isso você continuou dizendo no mesmo tom que não conseguia mais fingir pra si mesmo que eu tinha ficado no passado, que não pensava mais em mim e que eu não era a mulher da vida dele. Eu disse que era tudo que eu queria ouvir da boca dele, e exatamente assim, quando eu menos esperasse. Mesmo abraçados consegui sentir que você estava sorrindo no meu ombro, e posso jurar que senti uma lágrima atravessando meu roupão. Confesso que também não consegui controlar meu choro quando comecei a minha frase com um "mas". Mas acontece que você não demorou dois, anos ou três. Você demorou demais. E por mais que lá no fundo eu queria pegar meu carro na garagem e fugir com você rumo a nosso felizes para sempre eu não posso mais. Disse que agora tinha outra pessoa que eu amava, talvez não tanto quanto eu tinha amado você e talvez ainda amasse, mas esse alguém nunca tinha me deixado e saido mundo afora para descobrir se realmente me amava. Esse alguém sempre teve certeza. Então você respirou fundo, me deu o que parecia ser o nosso último abraço apertado e surrou que sempre teve certeza que me amou, só foi orgulhoso demais para admitir. Entrou no carro e foi embora pelo mesmo caminho que veio. Com a diferença de que naquele momento tanto eu quanto você tivemos certeza que era o fim.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A gente vive fingindo...

A gente vive fingindo que está tudo bem quando estamos correndo para algum canto desta cidade quase maravilhosa em busca de algum mísero sucesso profissional. Até nos submetemos à esperar o chefe durante uma hora para uma reunião, mas não damos o mesmo privilégio para as pessoas que amamos ou simplesmente convivemos.

Definitivamente somos pessoas diferentes na nossa vida executiva. Nos dedicamos mais, nos sujeitamos a abaixar a cabeça para quem ganha mais que nós e até corrermos atrás de arrumar os erros das outras pessoas para que "a equipe não seja prejudicada".

Acontece que quando chegamos em casa e trancamos a porta pelo lado de dentro não somos assim. Estamos completamente estressados com aquele gado que atravessamos na estação Sé - gado por que aquelas pessoas definitivamente se comportam como tal - e nem nos lembramos de utilizar aquele sorriso simpático que ficou guardado na gaveta do escritório depois das 18h.

Se você mora com seus pais, provavelmente não diz um boa noite ou fica torcendo para eles te convidarem pra jantar, como espera dos seus superiores. Se mora com um companheiro, as vezes nem sem lembra de perguntar como foi seu dia, e se ele fez alguma coisa de errado não tenta utilizar toda aquela engenharia para tentar resolver o problema... Por vocês.

Esquecemos que dentro de casa não precisamos ser tão pragmáticos, não devemos justificativas aos nossos chefes... Que convive conosco e nos ama sabem nos perdoar dar uma segunda, terceira e, por que não, quarta chance.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Exposição de fotografias

Eu só queria fugir um pouco da rotina do meu tédio. Resolvi que seria muito paulistano da minha parte ir naquela exposição de fotos que foi rotulada com um nome que não fazia sentido, pelo menos para mim. Parei na frente de uma foto tentando realmente entender o que o fotógrafo queria dizer com aquilo quando você parou do meu lado e disse que aquilo tudo não fazia sentido algum. Eu olhei com uma cara de interrogação e alívio e disse que finalmente eu tinha ouvido alguma coisa fazia sentido naquele lugar. De dez palavras que ouvíamos aquelas pessoas "cults" falarem nós não entendíamos onze e chegamos no consenso que estávamos em um mundo paralelo com seus próprios dialetos. E por mais que no fundo eu entendêssemos que aquela era uma forma de expressão e comunicação, era mais divertido fingir que nada fazia sentido e fazer piadinhas sobre tudo. Eu só fui entender o por que você me entendia tanto quando você disse que esse ano iria começar o último ano de engenharia mecânica. E nós ficamos discutindo por que dois projetos de engenheiros estavam em uma exposição de fotografias. Você disse que não é por que trabalhamos com contas deveríamos ser uma calculadora ambulante e enxergar gráficos em tudo, que o destino não poderia ser equacionado, projetado ou esquematizado em uma aula chata de slides. E com essas palavras que pareciam tão minhas você foi se aproximando me beijou. Assim, sem mais nem menos, sendo incentivado apenas pela permissão que eu dei involuntariamente em sorrisos e olhares. E depois eu fiquei olhando pra você sem acreditar que poderia ter encontrado um engenheiro que gosta de CDA e passear pela centro de São Paulo pra ficar admirando a arquitetura dos prédios. Só sei que você faz tanto sentido pra mim quanto aquelas fotografias da exposição: nenhum. Mas já que você está aqui, não custa nada admirar e fingir que é real.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Se eu fosse contar pra ele...

Às vezes passamos muito tempo procurando sentido pra coisas que não seguem nenhum raciocínio lógico. Ele não segue nenhuma lógica, e talvez por isso me intrigue tanto. Quem manda ser tão curiosa. Eu definitivamente não penso em casar, mas se me imagino juntando escovas de dente com alguém, de fato esse cara Y teria algumas características que eu admiro nele.

Gosto do jeito que ele corre atrás dos seus sonhos, ou apenas das suas vontades fúteis. Confesso que até gosto do jeito que ele não tempo pra nada, nem pra mim, por que trabalha demais, ou está estudando ou está em algum outro compromisso. Quem sou eu pra cobrar tempo? Eu também não tenho tempo.

Também gosto do jeito que ele sabe conversar sobre tudo, mesmo que não seja PHD... ele tem uma opinião sobre tudo. Quase tudo...Ele também não é perfeito, e nem espero que ele seja.

E essa é a parte do texto que eu fecharia com uma frase de impacto, mas ele não tem um ponto final. Por mais que eu o coloque – o ponto final – Ele sempre transforma em virgula, ou reticências. E “Isso não é mais uma carta de amor”... Acho que meu coração está inversamente proporcional ao calor deste verão. São só palavras tentando fazer uma análise racional de uma pessoa que não segue nenhum raciocínio lógico...