"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sobre loteria e o amor.




Fiquei parada olhando para a tela branca pensando no que escrever, sobre o que escrever. Sabe aqueles dias que você está cansado mas não consegue dormir? A cabeça pensa 3600 coisas por segundo e eu tenho certeza que se ela fosse uma CPU teria ido pra assistência técnica na semana passada. E o coração? Definitivamente teria pifado também. Posso até ouvir os "bip's" das máquinas do hospital. A cabeça começa a formular histórias e idéias que atormentam o aquele coração todo remendado. Antes fosse só uma cicatriz, tem cada reparo mal feito. Já tentei fita adesiva, cola Tenaz, linha e agulha, super-bonder.... A gente tenta de tudo no final das contas. Até hoje as gambiarras estão funcionando, vamos ver até quando ele aguenta.

O fato é que dá até vergonha de querer entregar uma coisa tão mal conservada como esse coração pra alguém. Deixa ele no cantinho dele, batendo, suspirando... As vezes tendo umas recaías. Sabe fábrica quando dá uma emergência e corre todo mundo pra sala de controle pra ver o que está acontecendo? Funciona mais ou menos assim quando eu te vejo. Tem vezes que eu acho que vai dar perda total. Fecho os olhos, finjo que não te escuto. Dizem que a manutenção preventiva é a nova alma do negócio. Vai saber!

Crescemos ouvindo que existe um tal produto chamado amor que é garantia de felicidade. Bobagem. É como jogar na loteria. A gente sabe que o prêmio existe, mas raramente alguém ganha, e quando o coitado ganha é caçado até o fim do mundo, roubado, molestado, torturado... No final das contas ele volta pro mesmo lugar da onde veio... Pra fila da Caixa Lotérica apostando e mais 6 números, esperando sentir toda aquela tal "felicidade" de novo. Coitado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sobre as saudades com gosto amargo.

Eu tenho saudades de acreditar cegamente no amor, de mergulhar em um sentimento sem medo de me machucar, sem medo de me iludir. Simplesmente amar. Escrever cartinhas de declarações que nunca serão entregues e planejar a minha vida ao lado de alguém que nunca vai saber que faz parte de algum sonho meu.

Tenho saudades até dos meus amores platônicos. Como eu me apaixonava fácil...

Atualmente meu coração tem um sensor anti-amor, anti-paixão, anti-tudo que não seja lógico, exato e racional. Definitivamente me tornei uma pessoa medrosa. A palavra "não" me faz estremecer, aquele olhar de indiferença me dá arrepios... mas daqueles arrepiost ruins, sabe? Que trazem o embrulho de estomago junto, sem contar aquela vontade de se trancar no banheiro e não sair até que aquela pessoa que te rejeitou esqueça que um dia você pisou nesse mundo.

Eu definitivamente tenho aversão a rejeição, e tenho mais medo dela do que tenho vontade de amar e deixar ser amada. Eu sou uma medrosa, sou mesmo. Já encontrei muitas portas fechadas na vida para ser tola o suficiente de acreditar que essa, justamente essa, estará aberta. Alguém me deu uma chave sem fechadura e está se divertindo enquanto eu tento montar um quebra-cabeça que não forma desenho algum...

Eu sou assim... preto no branco. Não tenho meio, não tenho talvez, não tenho cinza. Ou estou no começo, ou parto pro final.