"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Copo de leite



Uma pecinha do quebra-cabeça, só mais aquela para alguma coisa lá dentro da sua massa cinzenta gritar “EURECA! “ e você perceber o quanto é estúpido (ou no mínimo ingênuo) por não ter percebido antes. Talvez você até desconfiasse, mas agora é certeza.

E o que a gente faz quando derrama leite no chão? Pega um pano e limpa. Simples assim. O problema é que quando se trata de sentimentos (sejam eles bons ou ruins) a idéia simples de pegar o pano para limpar a sujeira demora, por que fica perdida no meio de pensamentos e indagações que, no final das contas, não vão te levar a lugar nenhum.

A gente pensa, pensa e pensa de novo, pra no final entender que não temos que entender nada, que as coisas são assim por que tem que ser e se um dia for pra entender você vai entender. Não agora, não hoje, não amanhã... Um dia.

Não adianta querer colocar o leite de volta no copo, colar com super bonder o vaso de porcelana raríssimo... Por mais que dê certo, nunca mais vai ser o mesmo vaso. O que passou, passou e a gente não pode viver de passado. Confesso que é engraçado olhar pra trás e perceber que se você tivesse saído com os seus amigos naquele dia, e exatamente naquele dia, algo de diferente não teria acontecido e hoje estaria tudo nos conformes. Mas não, você tinha que estudar, o que algumas pessoas consideram atraso de vida social, mas para você era a coisa certa a se fazer.

A vida é uma caixinha de surpresas, e infelizmente não podemos fugir de nenhuma delas. Só nos adaptar e levá-la da melhor forma possível (que é aquela que você acha a melhor, não aquela que as pessoas palpitam que seja a melhor).

terça-feira, 12 de abril de 2011

Meu hobbie? Fofoca, Lógico!



Com tanta tecnologia por ai, ainda existem aquelas pessoas conservadoras, adeptas dos modos de distração da idade média: a fofoca.

Como antigamente as pessoas não tinha televisão, vídeo-game, internet e toda fonte recreação disponível atualmente, elas aderiam a “boa” e velha fofoca. Por que antes cuida da sua vida era muito fácil. No tempo que sobrava entre trabalhar, comer e dormir as pessoas gostavam de cuidar da vida dos outos também. Oras! Por que não?

E talvez seja coisa de genética ou simplesmente tédio com o próprio nariz, mas ainda existem pessoas que a acham que têm tempo de sobra para dar uma palpitada na vida alheia.

Existem tipos de fofocas. Têm aquelas pessoas que só se atentam aos fatos e “transmitem informações”, essas pessoas são raras, pois poucos são aqueles que sabem reproduzir uma frase sem mudar uma vírgula de lugar. Acho que as pessoa fica com inveja de que outro alguém conseguiu bolar uma frase e aí este ser resolve pelo menos mudar uma vírgula de lugar para dizer que fez alguma coisa na vida. Seguindo essa linha de raciocínio, temos aquelas pessoas que gostam de “incrementar”, vai que fofoca é meio sem graça e os amigos do bar não vão achar muita graça? Nada como ser criativo e inventar alguma coisinha ali no meio. Se uma pessoa comeu uma maçã de manhã, de noite a história já é que a pessoa é sadomasoquista e gosta de ficar com uma maça na boca na cama, igual um porquinho de Ação de Graças. Não duvidem! Tem pessoas que acham suas vidas tão sem graça que precisam colocar pimenta na vida de alguém para serem felizes.

Também temos aqueles fofoqueiros atores. Esses são bons. Eles têm o dom de distorcer tudo que você disse apenas mudando a entonação da frase. Fabuloso! Geralmente eles utilizam dessa artimanha parta ver o circo pegar fogo pro lado de alguém.

E se vocês acham que as mulheres são as melhores nesse hobbie, e por que não esporte, é por que nunca prestaram atenção em como os homens são disparadamente melhores nisso.

Senhoras e senhores, o X-BOX não é tecnologia suficiente para preencher o tempo de ninguém. A fofoca estará sempre em primeiro lugar na vida daqueles que tem as vidas tão perfeitas e não tem mais o que fazer.

Falar um pouquinho da vida alheia todo mundo fala, mas fazer disso um hobbie é só para quem suou muito a camisa e treina todo dia. Parabéns, um dia eu chego nesse nível! Por enquanto, eu fico na categoria de iniciantes apenas cuidando da vida dos personagens dos livros e seriados.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O vício da lógica

Minha mente anda tão engenheira que acho que não consigo mais escrever nada que não seja em tópicos e frases matemáticas, mas lá vai.

Ela não é diferente de qualquer outra pessoa paulistana. Tem alguma variáveis, claro, se elas não existissem todas a vidas seriam exatamente iguais, acabamos caindo naquela velha história de Livre Arbítrio e que o homem é um animal racional que opta pelo sim e pelo não, pelo certo e pelo errado.

O fato é que ela, por N motivos, tenta encontrar uma lógica para tudo, um por que, uma causa para a circunstância. E nesse mundo totalmente racional, onde ficam os sentimentos?

Desde pequena disseram que o amor, a saudade, o carinho são coisas do coração. Que grande bobagem! Ela já viu um coração, não tem nada mais que tecidos, sangue e aquele monte de coisas categoricamente nomeadas pela medicina. No fundo são células, e ponto. Tudo matéria. Não tem sentimento nenhum lá dentro.

Que dirá a inteligência estar no cérebro. Puta mentira. Ante estivesse, ela abriria e tentaria colocar alguma coisa lá. A única coisa que ela sabe é que o cérebro é responsável por avisar que ela está com dor em algum lugar. Principalmente nas costas, ultimamente.

Tentar achar uma lógica pra tudo cansa, mas simplesmente deixar as coisas existindo sem saber o por que é sufocante.

Que dirá a saudade! Onde raios se enfia a saudade? Só se for lá, né? Que sentimento mais "sem o que fazer". Ela não pode ir de bicicleta pro nordeste abraçar ninguém, e pedir colo. Ela também não pode se teletransportar pra casa quando bate aquela saudades da mãe.

Por que raios sentimos falta de coisas que não podemos suprir? Por que a ansiedade e curiosidade não dão as mãos e vão catar coquinhos?

Duas vezes dois sempre serão quatro, mas o que ou quem era indiferentes ontem hoje não são mais. Assim como pessoas que eram importantes e insubstituíveis, hoje têm seus lugares ocupados por coisas como "que cor eu pinto a minha unha".

Cadê a lógica?