"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Se meu maleiro falasse...

Tudo que eu precisava em todos esse anos era que você tivesse a coragem de dizer aquilo que eu não queria ouvir. Lembro de você - no meu lugar favorito de casa - me olhando com aquela cara de pena dizendo que eu era uma boa "amiga". Na hora eu quis usar um palavrão na mesma frase que iria responder que não sei ser sua amiga, não é uma questão de não poder.. é não saber mesmo. Você conseguiu cortar meu coração - de novo - e me fazer procurar outro lugar favorito dentro da minha própria casa. Se a maioria dos domingos a noite são nostálgicos e deprimentes, aquele sem dúvida fez juz à regra. Confesso que eu fiquei com raiva, muita raiva. Aquelas frases que você dia ou outro deixava escapar e alimentavam as minhas esperanças ficavam ecoando na minha cabeça e nada mais fazia sentindo. Depois eu entendi... As vezes a gente só não tem coragem de largar o osso, e coragem é uma coisa que realmente nunca foi o seu forte. Mas como eu disse, eu precisava disso para seguir em frente. A parte difícil em esquecer alguém é o fato de que as pessoas não sabem daquela fatídica conversa que fez você - enfim - abrir mão de uma história que, pode até virar cinema, mas nem de longe vai ter o fim que você queria... É quando as pessoas perguntam por ele em uma reunião de família e eu tenho que simplesmente dizer a verdade. Não sei. Ou quando as pessoas perguntam o que foi aquela mudança dele de status no facebook de solteiro para "casado" com ninguém e eu tenho que responder outro "não sei" e engolir seco o "deve ser mais um jeito idiota dele tentar chamar atenção do mundo". Para o meu conforto o meu "não sei" é geralmente seguindo de um "como ele é idiota" e aí eu não me sinto tão mal com os meus pensamentos. Sete anos, sete bilhões de pessoas no mundo... Já está mais do que na hora de abandonar os velhos livros que não vão mais fazer a gente aprender nada nessa vida. Fecho-o e coloco-o no lugar mais escondido e empoeirado do maleiro do meu guarda-roupas com todas as outras coisas que poderiam me fazer lembrar. Seria genial se o maleiro fosse o doutor que apaga a memória do Jim Carrey naquele filme "Eternal Sunshine of the Spotless Mind". Mas vai ter que servir....

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O amor é cego


Seria hipocrisia dizer que a gente nunca mais procura saber sobre como anda a vida de um ex. E hoje olhando uma foto sua eu acredito que pude ver você como você realmente é. Eu achava que você era o homem mais lindo do mundo, mesmo que essa frase esteja errada no generalismo ela ainda está errada no contexto... Você está longe de ser um homem.
Eu olhei seu rosto e não consegui reconhecer aquele cara que me arrancou suspiros e lágrimas por tanto tempo. Acho que o amor cega as pessoas, de fato. Eu nunca tinha reparado nos seus olhos de lunático e no seu nariz de batata como reparei hoje, até seu cabelo que eu achava a última referência em estilo estava um completo caos. Talvez você tenha ficado assim ao longo dos anos e eu não reparei, ou talvez você sempre tenha sido assim. O fato é que hoje eu enxergo. Na verdade, acredito que quando eu te amava isso não fazia a menor diferença, pois eu realmente gostava de você pelo que tinha aí dentro. Mas depois do último encontro, eu tentei .. Juro que tentei encontrar alguma coisa que ainda me atraísse, nem que fosse uma piada que tivesse me arrancado um sorriso, mas não consegui. Também não sei se fui eu que mudei, que fiquei mais ou menos exigente com isso ou aquilo. O fato é que se eu tenho uma peça faltando no meu quebra-cabeça você não encaixa mais. De jeito nenhum. E eu vejo você cometendo os mesmos erros e tentando concluir os mesmos acertos e sonhos, e isso me cansa... Não tenho mais fôlego, nem vontade, nem amor.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

"Mesmo querendo eu não vou me enganar...

... eu conheço seus passos, eu vejo seus erros."

Depois de anos sem te ver, finalmente consegui trazes você de volta... Pelo menos fisicamente.Eu estudei cinco anos de engenharia pra conseguir construir uma máquina do tempo e te trazer pro meu presente. Planejei tudo, e tudo saiu nos conformes, exatamente como eu queria. Com exceção de você. Você é praticamente o mesmo cara de três anos atrás, os defeitos aguçados além do que eu esperava, influenciado da pior forma possível durante todo esse tempo e completamente estagnado na vida. Eu perdi você, mas não perdi meu foco em ser alguém, em fazer alguma coisa útil e empreendedora com o meu tempo. Por mais que eu tivesse recaídas emocionais eu segui em frente. E modéstia a parte eu segui um bom caminho. Olho pra trás e me orgulho de não ter dependido de ninguém pra chegar aonde eu cheguei, se eu tenho algo à agradecer à alguém é a minha família e ponto. Nada veio de mão beijada. E você ... Você tinha tudo para ser alguém, para crescer na vida. Mas você escolheu viver na Terra do Nunca, em todos os sentidos. Hoje, se nós estivéssemos juntos e eu olhasse pra frente, você não estaria lá, muito menos do meu lado, por que você não evoluiu ou se quer amadureceu para me alcançar só te vejo olhando pra baixo, pra trás. Você continua aquele menino, com grandes sonhos e minúsculas atitudes. E eu não preciso de um menino, isso não me satisfaz mais. Repudio pessoas que deixam de aproveitar as oportunidades da vida por pura preguiça, vadiagem e comodismo. E você se tornou tudo isso... ou melhor: nada. Hoje eu consigo olhar pra frente e no cenário mais pessimista me ver sozinha, mas nem no mais otimista possível você está lá. Você não é capaz de subir as escadas que eu subi, e eu nem sequer lamento por isso.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sobre loteria e o amor.




Fiquei parada olhando para a tela branca pensando no que escrever, sobre o que escrever. Sabe aqueles dias que você está cansado mas não consegue dormir? A cabeça pensa 3600 coisas por segundo e eu tenho certeza que se ela fosse uma CPU teria ido pra assistência técnica na semana passada. E o coração? Definitivamente teria pifado também. Posso até ouvir os "bip's" das máquinas do hospital. A cabeça começa a formular histórias e idéias que atormentam o aquele coração todo remendado. Antes fosse só uma cicatriz, tem cada reparo mal feito. Já tentei fita adesiva, cola Tenaz, linha e agulha, super-bonder.... A gente tenta de tudo no final das contas. Até hoje as gambiarras estão funcionando, vamos ver até quando ele aguenta.

O fato é que dá até vergonha de querer entregar uma coisa tão mal conservada como esse coração pra alguém. Deixa ele no cantinho dele, batendo, suspirando... As vezes tendo umas recaías. Sabe fábrica quando dá uma emergência e corre todo mundo pra sala de controle pra ver o que está acontecendo? Funciona mais ou menos assim quando eu te vejo. Tem vezes que eu acho que vai dar perda total. Fecho os olhos, finjo que não te escuto. Dizem que a manutenção preventiva é a nova alma do negócio. Vai saber!

Crescemos ouvindo que existe um tal produto chamado amor que é garantia de felicidade. Bobagem. É como jogar na loteria. A gente sabe que o prêmio existe, mas raramente alguém ganha, e quando o coitado ganha é caçado até o fim do mundo, roubado, molestado, torturado... No final das contas ele volta pro mesmo lugar da onde veio... Pra fila da Caixa Lotérica apostando e mais 6 números, esperando sentir toda aquela tal "felicidade" de novo. Coitado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sobre as saudades com gosto amargo.

Eu tenho saudades de acreditar cegamente no amor, de mergulhar em um sentimento sem medo de me machucar, sem medo de me iludir. Simplesmente amar. Escrever cartinhas de declarações que nunca serão entregues e planejar a minha vida ao lado de alguém que nunca vai saber que faz parte de algum sonho meu.

Tenho saudades até dos meus amores platônicos. Como eu me apaixonava fácil...

Atualmente meu coração tem um sensor anti-amor, anti-paixão, anti-tudo que não seja lógico, exato e racional. Definitivamente me tornei uma pessoa medrosa. A palavra "não" me faz estremecer, aquele olhar de indiferença me dá arrepios... mas daqueles arrepiost ruins, sabe? Que trazem o embrulho de estomago junto, sem contar aquela vontade de se trancar no banheiro e não sair até que aquela pessoa que te rejeitou esqueça que um dia você pisou nesse mundo.

Eu definitivamente tenho aversão a rejeição, e tenho mais medo dela do que tenho vontade de amar e deixar ser amada. Eu sou uma medrosa, sou mesmo. Já encontrei muitas portas fechadas na vida para ser tola o suficiente de acreditar que essa, justamente essa, estará aberta. Alguém me deu uma chave sem fechadura e está se divertindo enquanto eu tento montar um quebra-cabeça que não forma desenho algum...

Eu sou assim... preto no branco. Não tenho meio, não tenho talvez, não tenho cinza. Ou estou no começo, ou parto pro final.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Segredos de ventilador

Oi? Você! Para aí! Espera... Eu realmente preciso te contar como é difícil colocar tudo que eu estou pensando em palavras. Isso não costuma acontecer, sério. Sempre que eu escrevi algo sobre outro eu não tive medo, pois simplesmente já não tinha mais nada a perder. Mas você é diferente, eu quero que tudo fique quase tão perfeito assim como eu enxergo em você. Eu quero que transmita confiança, seja inteligente e intenso ... Eu quero que cative, eu quero que cada palavra seja você.

Mas eu simplesmente não consigo, qualquer coisa que eu escreva não ficará bom o suficiente. E eu não quero escrever a minha especialidade: drama. Eu quero escrever aquela comédia romântica que todo mundo sabe o que vai acontecer no final, mas mesmo assim assiste por que, sei lá, dá esperanças de que um dia o protagonista seja o seu melhor amigo ou o cara que você mais odeia e que ele te faça a mulher mais sortuda do mundo.

E partindo do princípio “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” a culpa é totalmente sua se às vezes eu me pegar sorrindo sozinha e, aparentemente, sem motivo algum.

Pra finalizar com um pouco de drama, caso contrário não seria eu, eu prefiro viver na dúvida do que ter uma certeza e afastar tudo que eu tenho de você em mim.

domingo, 2 de outubro de 2011

Sobre a verdadeiras provas da minha vida

Quando eu fazia cursinho um professor disse que o vestibular seria apenas a primeira prova difícil da minha vida. Naquela época com toda a minha imaturidade eu só podia pensar "nada deve ser pior que o vestibular".

Não só existem provas piores como elas não têm aonde colocar o X e muito menos um gabarito. Nem as provas do curso de inglês, nem as provas da faculdade são piores aquelas que nos pegam de surpresam e nos testam dia após dia.

As vezes uma resposta errada podem causar problemas por meses, coisas de segundos podem decidir sua vida em anos. As vezes não temos nem os 3 minutos por questão de vestibular pra pensar, é pra ontem.

Você não vai pegar uma DP ou repetir o semestre por ir mal nesse tipo de prova. Você vai simplesmente arcar com as consequências e desejar que ela não seja muito grande ou muito longa. Você não vai receber parabéns se tirar nota 10. Simplesmente vai ter que continuar respondendo suas questões da melhor forma que puder. Mas não se iluda, se você tirar um zero todo mundo vai reparar, comentar, cobrar.

Que venham as provas de cálculo, física, orgânica. Isso tudo é fácil perto de tantas provas que a gente tem que passar diariamente e tirar 10 pra continuar tentando ser feliz.

Li no facebook de um amigo outro dia e achei genial: ‎"Se existe algo que o Tetris me ensinou é que: meus erros de acumulam em pilhas e meus acertos simplesmente desaparecem!"