"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

sábado, 13 de novembro de 2010

Indiferença. Onde vende?

Queria saber aonde se vende indiferença, aonde certas pessoas tem o botão “del” pra ver se o meu também não está por ali. Também queria saber onde compra o sorriso e a conversa fiada pra usar quando você não vai com a cara de alguém e tem de usar da boa educação que mamãe lhe deu. Pra mim isso não passa da mais pura falsidade, mas...

Eu queria saber não me importar. Passar reto e não apenas fingir que não ligo, mas realmente sentir que não faz mais diferença, que na verdade nunca fez mesmo. Queria que quando meu telefone tocasse meu coração não acelerasse, que quando eu sentisse aquele perfume eu não virasse o pescoço pra saber quem é. Eu queria que minha “memória sentimental” fosse tão ruim quanto à auditiva.

Não é possível que todo mundo leve isso na maior naturalidade, que a resposta de uma equação linear tenha mais de uma resposta para duas pessoas. Talvez seja por isso que, as vezes, o mundo das exatas seja tão mais simples (Química Orgânica não é exatas). Por mais que eu não entenda alguma coisa, tem sempre alguém que entende (geralmente meu professor de FT) e pode me explicar. Mas se eu não entender Ele ou ela, ninguém nesse mundo vai me fazer entender.

Talvez seja esse o problema: pensar demais, querer entender tudo. Ter esse pezinho em história que não me deixa esquecer nada, nenhum detalhe – detalhes visuais por que, como eu disse antes, minha memória auditiva é péssima.

Se eu não posso comprar indiferença, talvez eu possa vender saudades e vontades.

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