"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

#LingerieDay


Posso ser careta, chata e sem senso de humor por ter essa opinião, mas ela é minha, o blog é meu e você lê se quiser.

Hoje está rolando o #LingerieDay no Twitter. Achei que era só piada e os meninos botando lenha na fogueira e tudo mais, mas não! Fiquei pasma ao ver que realmente tinha mulheres/meninas/barangas (sim, barangas é uma classe a parte) colocando fotos com Lingerie no avatar do Twitter. E não sei o que passa na cabeça desse tipo de gente, se acham que estão abafando, que vão arranjar mais seguidores, se só fazem isso pra receber comentários do tipo “Aew, sua gostosa” e aumentar a auto-estima.

Eu sei que toda mulher que se preze e tem conteúdo não precisa dessas cenas para aparecer. É a mesma coisa que aquelas meninas que colocam fotos com os peitos quase pulando pra fora da blusa/biquíni no Orkut ou no Facebook.

Pelo amor de Deus, mostrem que vocês não são só um rostinho ou até mesmo um corpo bonito, que tem algo a mais pra oferecer, que são inteligentes, que tem conversa, sei lá. Me revolta ver mulheres apelando pra esse tipo de coisa pra chamar atenção. Ou então que se assumam de uma vez e virem atrizes pornô, ai sim vai ter um monte de homem babando em vocês... não só babando, mas...Ok.

E como disse um amigo meu “Você só está falando isso por que não é um #CuecaDay”.

NÃO! Porque também tem homem se prestando à esse papel ridículo de colocar foto da barriga (antes fossem só tanquinhos, mas a maioria é maquina de lavar...Como seria um adjetivo masculino para "baranga"?) ou deles de cueca. Mesmo que o cara for um Deus grego, eu não daria 30 minutos de conversa no MSN, não teria assunto...

Quem está adorando esse dia são os meninos, e certo estão eles... Um monte de mulher semi-nua com a cabeça fraca na internet... Certeza que rende um "lanchinho" sem compromisso no final do dia.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

"O que temos a perder? Tudo."




Que mulher não fica abalada depois de assistir um daqueles filmes classificados como "água-com-açúcar"? Analisei cada fala do filme, cada passo da protagonista, mesmo já sabendo com quem ela ficaria no final. Minha vida poderia ser simples assim, sempre a pessoa que você julga a mais improvável será o seu final feliz. Aí pra que perder tempo, é só olhar pro lado, ver o cara mais machista e o que você menos suporta e dizer "ele será o meu felizes para sempre". Tá, ok. Talvez não seja o cara que você menos suporta, pode até ser aquele que você sempre fala pra si mesma: nunca daria certo.

Sim, as mulheres estão sempre analisando, quando você começa a enxergar ela com outros olhos ela já planejou a vida inteira de vocês juntos e já arquivou, basta saber se ela arquivou na pasta dos "pago pra ver" ou dos "nem morta".

O problema é que tem a pastinha rosa, pode ser roxa para aquelas que tem uma lado mais gótico ou descolado, o que importa é que aquela pasta é especial... E normalmente nós relutamos em colocar qualquer currículo lá dentro. O problema é quando cai a ficha que aquela análise não poderia estar em outra pasta, se não naquela.

Êpa, peraí. Já me senti assim antes, é parecido com aquela vez que... Não, é um pouco diferente, mas na verdade me sinto quase igual a quando.... Mayday, mayday! Todos aos seus postos, ajustem a pressão, controlem os batimentos, levantar velas, soem o alarme de incêndio. Ela está apaixonada!!!

Daqui a pouco o efeito do filme passa e volta tudo ao normal, não volta? Ok, segredo de Estado... Isso nunca aconteceu e eu nunca pensei sobre a possibilidade disso acontecer, eu nunca vi Ele com outros olhos... Aliás, feche os olhos. Respira. Expira. Respira. Expira. Pronto, arquiva na pastinha verde e deixa isso pra lá.

sábado, 24 de julho de 2010

Eles sempre sabem

Quantas vezes já não aconteceu de eu estar sentadinha, quietinha no meu canto e uma janelinha de MSN, que até estava com teias de aranha, subir para cutucar meu ego e auto-estima?

O fato de isso ter acontecido mais de uma vez em um pequeno intervalo de tempo, não só comigo, mas com várias amigas, me deu argumentos para escrever esse texto...Eles farejam quando estão nos perdendo.

Sempre que você “esquece” mais um daqueles caras errados, e está se esforçando pra seguir em frente, ele percebe, sente o cheiro, o bip toca...sei lá que maquinarias diabólicas eles usam...mas eles SABEM que aquele é o momento exato pra ir falar com você e aquilo te balançar.

O grande problema das mulheres é que elas não têm a frieza masculina. Os homens podem muito bem saber que aquela é a mulher da vida deles, mas se agora ela não quer nada com ele, tudo bem! Eles saem com outras, namoram, comem, iludem, pitam o sete... Enquanto nós, pobres mortais, só conseguimos pensar no FDP da vez e ficar agarrada quietinha com o travesseiro... Até consegui levantar, sacodir a poeira e dar a voltas por cima, sair com as amigas e encontrar o próximo babaca que vai te fazer sofrer. Oh vida, oh céus...

E não importa o quanto nós, mulheres, nos esforcemos para sermos iguais a eles, isso deve ser genético... Quando as mulheres tentam brincar de homenzinho (como já diria o @cafa) sempre acabam se machucando porque é aquela ladainha de sempre “com ele pode ser diferente”, “ele nunca mentiria pra mim”.

Meninas coloquem na cabeça que, até segunda ordem, ele só quer te comer (desculpem o palavreado). Depois ele pode até parar pra pensar que você é inteligente, que tem conteúdo, que não é qualquer uma... mas antes disso eles só pensam com a cabeça de baixo (eles não conseguiriam usar as duas ao mesmo tempo, talvez uma tente agilizar o lado da outra... anyway).

E o mais engraçado de tudo é que eles também sabem de tudo isso, das nossas fraquezas, do nosso sentimentalismo aguçado, e não só usam isso contra nós como acham o cúmulo quando nos percebemos (convenhamos, mulher apaixonada é tapada) e ficamos bravas com eles. Tenham dó. O bom é que eles sempre acabam ficando afim de uma bocó sem conteúdo e barraqueira e pagam por todos os pecados (todas as mulheres têm esse extinto escorpianino de vingança) e quando percebem que realmente nos perderam, nós já estamos chorando por outro.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Você



Hey! Psiu!?
É, você mesmo!!!
Eu sei que você está ai em algum lugar, escondido atrás de alguns livros numa biblioteca imensa (Corre! Vai que a estante cai em cima de você!), sentado fitando o mar de alguma praia pouco habitada (com a sorte que eu tenho vira uma Tsunami)... ou quem sabe correndo quem nem um louco pra lá e pra cá nessa selva de pedras como a maioria dos paulistanos pra tentar vencer na vida (pelo menos não é no Rio com as balas perdidas). Ou talvez você esteja em uma missão secreta em Marte (marciano?!), mas eu sei que em algum lugar do mundo você existe.

E não me importa onde você esteja, não quero saber como, onde, porque, com quem (ai se eu te pego com outra! Te mato e fico com o seu melhor amigo)... Só me sinto confortável em saber que você existe, que você está por aí me procurando (ou não, né! FDP), assim como eu estou procurando você também. E me desculpe se eu já te confundi com tanta gente (eu sempre falo que vou parar de beber), mas é que sou tão ansiosa que fica tentando captar qualquer sinal da sua presença... Mas no final eu sempre descubro que não é você (quando passa o efeito do álcool), que eu estou procurando seus traços e dons nos lugares errados.

E no final das contas, é por isso que estou lhe escrevendo. Pra dizer que vou dar uma pausa nessa procura (Tecla SAP: Cansei, porra!), por que sempre que eu descubro que errei de novo a pessoa certa... dói. E dói porque eu sempre crio toda uma expectativa, planos mirabolantes (não, eu não sou neorótica. Tá, só um pouquinho) para...nada.

Então, meu futuro desconhecido, cesso a minha busca por um tempo. Eu preciso desse tempo, preciso parar de olhar para os lados e olhar para frente (por que se eu olhar pra trás, meu bem... é suicídio na certa. Eu já fiz um bocó feliz...). Pois, por mais que eu saiba que você existe, não sei se um dia nossas ruas irão se cruzar (A fila anda, benhê!).

Mas se porventura me encontrar nesse meio tempo, não hesite! (Vai que rola!)

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As frases em cinza sou eu tirando sarro do drama que eu fiz post original (em preto). Que é verdade! Mas as frases em cinza também são. Será que isso confirma a minha teoria que sofro de humor bipolar? Oh My Lord!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Maria Gasolina? Não é bem assim...


Hoje estava indo visitar a minha amiga, e quando atravesso o farol me deparo com uma linda BMW preta, me atentei às rodas, que era maravilhosas... Não sei exatamente qual BMW era, muito menos se aquele tipo de roda tinha alguma especificação, mas eu achei o conjunto muito bonito. Eis que deparo com o motorista me xavecando.
Quase que eu solto: "Alou! Se toca coroa, eu não estou olhando pra você, tô olhando pro carro! Uma coisa não leva a outra, entende?"

Só que nesse tipo de situação, o motorista do carro provavelmente deve ter me achado com cara de "Maria Gasolina", e eu explico o porque é revoltante.

Os homens adoram falar que mulher não entende nada de futebol e carros. E eu, como não gosto de ser ignorante em nenhum assunto, gosto de dar uma lida sobre as coisas que eu percebo que não sei NADA pra da próxima vez que esse assunto aparecer na mesa de um barzinho eu não ficar com cara de tonta.

O fato é que quando eu entrei na faculdade eu não sabia nada de carros, e pra piorar a minha situação, meu curso é composto por 80% de homens, ou seja... o assunto SEMPRE era carros, futebol e mulher (do último assunto eu não faço muita questão de entender como eles). Então corri atrás do prejuízo. Comecei a prestar atenção no nome dos carros, modelos, e confesso que até dei uma lida em como funciona o motor quando estava tirando a minha carta (vai que a coisa pifa no meio da rua!). E depois de todo o meu esforço já não fico mais boiando quando o assunto é carros. Então sr. coroa da BMW, eu não estava olhando pra você, e nem queria "te pegar" por quê você tem um carro lindo... eu poderia muito bem só ficar com o carro. (E que carro!)

;)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Surpreendentemente esperado.



Se tem um cara que consegue mudar minha visão de mundo, nem que seja um grau de cada vez, é o meu pai. Apesar do pouco convívio (a cada 15 dias quando minha faculdade me dá a esse luxo) as conversas sempre são produtivas.
Mas as que mais me fazem pensar são sobre os avanços tecnológicos, meu pai sempre comenta:

"Lembro quando vi o primeiro celular, foi na faculdade. Era incrpivel apesar de parecer um tijolo. O fato de poder fazer ligações com um aparelho sem fio era a sensação."

"Quando chegou o primeiro computador na Eletropaulo todo mundo foi correndo ver, era do tamanho dessa sala."

Pois é! Hoje em dia qualquer "maninho" tem um celular, mas não tem dinheiro pra comprar um fone de ouvido, por isso fica escutando qualquer baboseira pelo viva voz do aparelho.
Eu juro que tento imaginar a sensação de ver uma coisa que vc julgava ser surreal se tornando realidade, mas hoje em dia é tudo "de se esperar". Além do mais as grandes novidades tecnológicas não tem um formato para você admirar, muito pelo contrário...elas são cada vez menores, microscópicas eu diria. Por exemplo, enquanto para o meu pai era "supimpa" ver uma sala enorme só para um computador, para nós a nova sensação é um processador novo. Que você acredita que é novidade, mas não vê. Tudo que possamos imaginar como uma revolução tecnológica já existe em algum lugar do mundo, e com a velocidade que as informações correm por aí vc percebe que nunca é o primeiro a pensar em NADA. Uma prova disso são as comunidades do orkut, tente pensar em alguma pra criar e veja se ela já não existe. (Tô ferrada para pensar em alguma coisa pro meu TCC!!!)

Aquela sensação do "eu só acredito vendo" não existe... a nova frase seria "eu só acredito funcionando". O que é frustante, fica faltando alguma coisa, fica faltando tato! Pegar, apertar chacoalhar ... sei lá! Não supre meu lado materialista.

Sinto falta de surpresas, de coisas inesperadas! Quero ver, sentir e ouvir novidades. (Novidades boas e de qualidades, pq a cada dia eu me surpreendo mais com o mal gosto música dessa geração).

E sempre que eu acho que alguém vai me surpreender, ela acaba sendo mais "normal" do que qualquer pessoa que eu conheça...

Frustração, é a palavra que fecha esse post.

sábado, 3 de julho de 2010

Samantha Green

Hoje estou me sentindo a personagem de Johnny Deep de A janela Secreta. Caneca com chá mate (eu sei que o dele era café) do lado do computador, roupas largas e com uma vontade de escrever uma estória dramática.

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Por mais que eu adoce meu chá continua amargo, por mais que eu durma ainda me sinto cansada, por mais que eu ria ou que eu chore, ainda estou inerte a qualquer sensação, qualquer reação que o mundo possa causar. Estou em estado de choque a dias. Meus olhos são janela para o nada, para o vazio que encontra-se dentro de mim. Não vejo graça em piadas, não sinto dor ou calor. Apenas o nada.

A minha mente é como se fosse um computador, calculando e recalculando cada idéia, cada passo tomado, cada momento. Analisando cada jogada, como se a minha vida fosse um jogo de xadrez. Eu já sei o que fazer, talvez me falte coragem... Ou apenas mais ódio.

Ele teve coragem, ele teve a audácia de me fazer de boba. Ele foi um ator cada vez melhor cada dia que se passava conseguia olhar no fundo dos meus olhos e simplesmente mentir. Oras, como se fosse difícil enganar-me com aquele par de olhos azuis penetrantes e aquele abraço em paralelo com seu sussurro em meu ouvido “Eu te amo, vai ficar tudo bem”.

Quem sabe ele deveria ter praticado mais aulas de teatro, ou quem sabe eu deveria ter ignorado meu sexto sentido feminino e realmente acreditado que estava tudo bem. Que ele não jogaria pela janela anos da minha dedicação à nossa família e principalmente a ele. Eu larguei tudo por nós, larguei tudo pelo nosso...amor. E o que ele me deu em troca?

-- Acende um cigarro --

Talvez ele achasse que a minha mania de dizer “precisamos dividir a nossa felicidade com as outras pessoas” incluísse dividi-lo com aquela...não encontro um adjetivo apropriado. Mas, do mesmo jeito que ele interpretou mal o meu lado altruísta, ele interpretou mal o quanto eu poderia ser, ou melhor, o quanto eu gosto de exclusividade.

Gosto tanto, que se ele não podia ser só meu, ele não seria mais de ninguém. Ao menos agora ele já sabe, u percebeu quando começou a se sentir sufocado com o chá que preparei essa manhã. Erva cidreira...

Aqueles olhos de “Ajude-me! O que está acontecendo?” eram como poesia, como o cheiro de um café quente dentro de um chalé de madeira numa floresta boreal. Acho que ele entendeu o que estava acontecendo quando deixei escapar sorriso saindo pelo canto da boca. Aí seus olhos mudaram a frase e me diziam “Sua vadia! Como descobriu? Como pode fazer isso comigo?”. Não consegui segurar minha gargalhada de prazer... A vida dele esvaecendo-se inversamente proporcional com o retorno glorioso da minha dignidade. Aposto que aqueles olhos azuis nunca mais enganariam tão bem uma mulher. Principalmente esta que vos fala, que dedicou e sacrificou a sua juventude e beleza por esse cafajeste.

Mas a culpa não foi dele, pobre coitado. Vítima da beleza e sedução feminina daquela garçonete.

"Rua Frederic Loan, 57
Apto. 12 - 19h30
Espero ansiosamente por seus olhos cintilantes."

Esse foi o motivo do chá dele ficar mais amargo do que o meu poderia ficar.

Talvez aqueles olhos azuis não sejam mais tão cintilantes, minha querida. Agora são 19h15, ainda estou em tempo de não deixar a pobrezinha esperando. Tenho certeza de que ele não vai se incomodar de ficar um pouquinho sozinho enquanto eu vou cuidar desse assunto, ou não me chamo Samantha Green.

A propósito, querido: obrigada pelo sobrenome, combina com os meus olhos.