domingo, 31 de outubro de 2010
Crônicas:A mais pura verdade - Metrô e entrevista com o RH
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Coisa de cinema
Ela subiu no palco com seu vestido vermelho. Ele está sentado ali com outra, mas ela sabe que ele a reconheceu e tentou disfarçar a surpresa.
Ela pega o microfone e aquele som de fundo de karaokê começa, apesar de conhecer a música ele não sabe bem qual é, mas não demora muito pra entender o que ela queria dizer através da mesma:
(...)
“...Não espere nem mais, nem menos que isso. Realmente não cabe mais sermos somente amigos.”
Assim que ele levantou os olhos para a mesa seis para fitar a moça de vermelho - a sua moça de vermelho - reparou que ela estava pagando a conta, apenas uma caipinha, e ao mesmo tempo a sua oficial estava voltando do toilet – achou engraçado pensar em oficial, dava duplo sentido até nos seus pensamentos já que oficial também lembrava alguém superior no exército, e ultimamente seu namoro era um campo de batalha. Enfiou o guardanapo no bolso disfarçadamente.
(...)
Chegando em casa, deu um jeito de ficar sozinho para ler o papel mais uma vez antes de jogá-lo fora. Definitivamente seria a terceira guerra mundial se a Oficial desse por conta de alguma coisa assim em suas mãos. Mas ao desdobrar o papel, viu que no meio dele havia outro, totalmente em branco. “Ela adora os clássicos”. Ela ainda devia assistir filmes a lá CSI e FBI e um papel em branco só poderia dizer uma coisa: Suco de limão. A caipirinha, claro!
A Oficial tinha acabado de ligar o chuveiro, o que dava a ele exatamente 27 minutos de folga. Cuidadosamente pegou uma vela na terceira gaveta da cozinha, e uma caixa de fósforos. Foi até o quintal e deu uma olhada no relógio, 23 minutos. Acendeu a vela, deixou um pouco da parafina cair sobre o chão iluminado pela luz do luar e fixou-a no piso. Ansioso em saber o recado oculto e achando um pouco de graça na brincadeira de detetive começou a passar cuidadosamente o papel pela chama e, como esperava, palavras com aquela caligrafia já conhecida começaram a surgir:
“Você não está jogando xadrez, está apenas empurrando peças. Quack!”
sábado, 9 de outubro de 2010
Esconde-Esconde
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Home
"Tati, você não gosta de fazer aniversário?"
"Até gosto, mas o fato de fazer aniversário não muda as outras coisas que estão acontecendo na minha vida."
Ela senta na sua cama, abraça o travesseiro e pede pra Deus que tudo passe logo. Eu só queria que essa semana, esse mês, esse semestre acabasse logo. Que chegasse logo o ano novo com promessas de uma vida nova, de deixar o ano velho pra lá. É como se a simples mudança no calendário do mês 12 para o mês 01 tivesse o poder de passar uma borracha em todos os problemas, confusões e sentimentos que estão a atormentando.
Queria poder estar em casa, ligar a televisão e não fazer nada, não pensar em compromissos, obrigações, notas, trabalhos e estágios. Queria sentar a noite pra poder conversar com a família, almoçar na casada da vó e atormentar suas irmãs com piadinhas bobas.
Engraçado como sentimos saudades de coisas que antes eram tão cotidianas que não dávamos o devido valor. Não é que alguém ou algo tenha morrido, mas essa ausência está me matando. E definitivamente não sou o tipo de pessoa que consegue colocar uma máscara e fingir que está tudo bem quando não está. Definitivamente não está.
Nunca pedi tanto para uma semana acabar logo pra simplesmente poder ir pra casa.
Sailed on the Sloop John B
My granddaddy and me
'Round Nassau town we did roam
We'd been drinkin' all night
Well I got into a fight
Yeah and I feel so broke up
I wanna go home
Hoist up the John B sail's
See how the mainsail sets
Send for the Captain ashore
And let me go home
I wanna go home, I wanna go home, yeah
'Cause I feel so broke up, I wanna go home
Yes I do
(He's so broke up, Lord, I wanna go home)
Well Captain's a wicked man
He gets drunk any time he can
And he don't give a damn for grandpappy
No, nor me
He kicks us around
And he knocks us about
Well I feel so broke up, I
I wanna go home
Well pull up the John B's sails
See how the mainsail sets
Send for the Captain ashore
And let me go home
I wanna go home
Well, I wanna go home
'Cause I feel so broke up (he's so broke up)
I wanna go home
(Yes I do)
I feel so broke up
(He so broke up)
Lord, that I wanna go home
Home