"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre janelas e despedidas

Ela colocou a ultima camiseta na mala lotada e colorida pela mistura de estampas floridas com cores alegres e vivas. Com alguma dificuldade fechou o ziper da mala e sentou-se na cama fitando o guarda-roupas quase vazio. Olhou ao seu redor e sentiu um amontoado de sentimentos guardados em cata centímetro quadrado daquele cômodo. Anos e anos de abraços, lágrimas, segredos, confições e promessas guardados naquelas quatro paredes.

Na cômoda haviam vários presentes de amigos, distantes ou não, mas todos especiais á sua maneira, cada um essencial e importante de um jeito só dele. Sentia não poder levar todas suas lembranças materiais na mala já lotada de saudades, mas estava levando no bolso cada carinho e momentos que seleram a verdadeira amizade.

Tomou fôlego e suspirou, estava tão cansada quanto alguém que tinha acabado de correr uma maratona. Pensar e sentir também cansa. Levantou e olhou pela janela... Aquela janela. Estremeceu antes de andaar até ela, que por sua vez estava apenas com uma frestinha entreaberta, o que permitia a entrada do vento e o sacudir das cortinas.

Mais uma vez a janela lhe chamava, mas agora ela estava mais confiante. Era um chamado diferente dos outros, o aroma das flores não era mais o mesmo. Era misterioso e desafiador.

Ela deixou a insegurança de lado e andou até ela, empurrou as cortinas e a abriu a janela sem pensar duas vezes. Não havia mais medo, havia desejo de descobrir o que havia além daquele cenário, como seriam os campos além do horizonte. Aquele cheiro que tinha um tom desafiador de fato não era dali, vinha de longe e a envolvia, seduzia e embalava, convidando-a a conhecer suas flores e frutos.

Fechou os olhos por alguns segundos para sentir o Sol tocar sua pele. Era acolhedor, mas já não a satisfazia mais.

Deixou a tão conhecida janela aberta, pegou a passagem para João Pessoa, as malas o sorriso e, com coragem, deixou o quarto rumo aos novos desafios de abrir janelas e cortinas, mas com aquele aperto da saudade daqueles que ela carrega sempre na mente, no coração e junto de si.

3 comentários:

  1. Aê, mais um pra Lê =)
    Juntando todos que escreveram pra ela, podemos publicar um livro \o/

    Mas o seu é mais triste :P

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  2. Se eu morasse em SP choraria com seu post, só não choro porque a Lelê vem mais pra perto de mim. =p

    Assim é a vida, as vezes é preciso abrir mão de coisas que gostamos e da qual estamos acostumados para que possamos crescer, mas olha o lado booom, pelo menos quando eu marcar viagem pra SP agora vou combinar data com a Lele para irmos os dois, posso até ir de onibus pra João Pessoa e de lá pego avião com ela. =D

    Uiaaa, comentei em um post seu e você nem precisou pedir por isso, orgulho seu hein?!

    Vou fazer o que estiver ao meu alcance e quando estiver ao meu alcance pra não abandonar a Lele em João Pessoa por vocês. ;P

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  3. Ela foi para um bom lugar. João Pessoa(L)

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