"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Contos - A marionete

Um dia uma marionete, cansada de tanto pensar com seus botões se volta para o seu Titereiro e começa a falar, para o espanto do mesmo.

"Senta aí, seu moço. Agora quem vai falar sou eu. Não dá mais, não consigo mais viver assim. Não entendo o porque das coisas, não seu se estou fazendo o certo o que esperam que eu faça para o show continuar. E eu juro que quero fazer o certo, não quero acabar na barriga de um baleia tal qual Pinocchio. Mas eu simplesmente não sei. Me dá uma dica, me dá num sinal. Se a minha vida pudesse ser comparada à um jogo de caça-palavras eu pediria para poder ver as respostas por cinco segundo, só pra saber pra que lado desse mar de palavras eu tenho que nadar. E se eu ficar nadando na direção errada eternamente? E se eu nunca formar uma palavrinha se quer?"

"E sinceramente eu estou cansada de me apresentar pra mais de mil pessoas e mal poder encontrar um sorriso verdadeiro. É como se eu batesse em mil lindas portas fechadas, sendo que as poucas,algumas das mais belas, que se abrem dão em quartos vazios. Frustração!"

"Me ensina, seu moço. Me ensina saber escolher, não esperar tantos sorrisos de bonecos que foram feitos para tristeza. Me ensina a ser indiferente à maldade, a ser inerte a tudo que não acrescenta em nada na vida e saber seguir em frente cada vez que meu coração - por mais que seja de madeira - for partido.Me ensina a esquecer de verdade, e não apenas fingir. E acima de tudo eu lhe peço, eu imploro... Se for pra existir alguma ilusão, que seja a de que vai dar tudo certo."

Depois de tanto falar, o Titereiro apenas sorriu e abraçou marionete. Esta ainda esperando respostas apenas foi colocada de volta na estante ouvindo apenas: "Se acalme, mocinha. Amanhã é um novo dia e o show tem que continuar."

(*) Sem tempo de revisar o post, desculpem pelos prováveis erros de digitação/português ;)

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