"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O vício da lógica

Minha mente anda tão engenheira que acho que não consigo mais escrever nada que não seja em tópicos e frases matemáticas, mas lá vai.

Ela não é diferente de qualquer outra pessoa paulistana. Tem alguma variáveis, claro, se elas não existissem todas a vidas seriam exatamente iguais, acabamos caindo naquela velha história de Livre Arbítrio e que o homem é um animal racional que opta pelo sim e pelo não, pelo certo e pelo errado.

O fato é que ela, por N motivos, tenta encontrar uma lógica para tudo, um por que, uma causa para a circunstância. E nesse mundo totalmente racional, onde ficam os sentimentos?

Desde pequena disseram que o amor, a saudade, o carinho são coisas do coração. Que grande bobagem! Ela já viu um coração, não tem nada mais que tecidos, sangue e aquele monte de coisas categoricamente nomeadas pela medicina. No fundo são células, e ponto. Tudo matéria. Não tem sentimento nenhum lá dentro.

Que dirá a inteligência estar no cérebro. Puta mentira. Ante estivesse, ela abriria e tentaria colocar alguma coisa lá. A única coisa que ela sabe é que o cérebro é responsável por avisar que ela está com dor em algum lugar. Principalmente nas costas, ultimamente.

Tentar achar uma lógica pra tudo cansa, mas simplesmente deixar as coisas existindo sem saber o por que é sufocante.

Que dirá a saudade! Onde raios se enfia a saudade? Só se for lá, né? Que sentimento mais "sem o que fazer". Ela não pode ir de bicicleta pro nordeste abraçar ninguém, e pedir colo. Ela também não pode se teletransportar pra casa quando bate aquela saudades da mãe.

Por que raios sentimos falta de coisas que não podemos suprir? Por que a ansiedade e curiosidade não dão as mãos e vão catar coquinhos?

Duas vezes dois sempre serão quatro, mas o que ou quem era indiferentes ontem hoje não são mais. Assim como pessoas que eram importantes e insubstituíveis, hoje têm seus lugares ocupados por coisas como "que cor eu pinto a minha unha".

Cadê a lógica?


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