"A Matemática pura é, à sua maneira, a poesia das idéias lógicas.” (Einstein)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Cicatrizes



A gente nunca esquece. Na verdade nossas lembranças ruins, mágoas, funcionam como machucados. Se a ferida ainda está aberta, dói lembrar. Com o tempo temos o péssimo hábito de cutucar as casquinhas passa, só por que deu saudades de sentir alguma coisa, mesmo que seja aquela dorzinha. A minha vó costuma dizer que “mente vazia é oficina do Diabo”. Ela está certa, sempre que não temos nada de útil para fazer pensamos em coisas que não deveríamos. Em pessoas que não merecem o Tico, o Teco ou sequer um neurônio sem nome transmitindo algo sobre ela. Sabe quando estamos deitados no sofá e cansamos de ver televisão, então a desligamos, olhamos pro teto e começamos a filosofar? Então, isso é cutucar casquinhas.

Porém, quando determinadas situações ou recordações não nos causam mais nada, quer dizer que aquela ferida que não curava por nada no mundo virou uma cicatriz. Ela ainda existe, está ali feito tatuagem pra você lembrar pro resto da sua vida que algo ou alguém te fez mal. Ela existe justamente para você saber que caminhos não deve mais tomar, não persistir no erro. Ela não sangra mais, não dói. No máximo você torce o nariz quando olha ou lembra dessa cicatriz.

E são essas cicatrizes que nos direcionam, nos moldam, a ser quem somos hoje, a optar pelo sim ou pelo não, a escolher o velho e bom “With or without you”.

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